A doentia rotina do Brasileiro na quarentena - Parte 5: As above, so below


por Rodrigo Maciel
Assim na terra, como no inferno.
Brasil, um lugar onde eu abro o jornal e vejo a seguinte manchete ''Sindicato de escolas particulares do Rio faz vídeo com críticas ao isolamento social''
Quando eu acho que tudo está ruim... sim, tem como ficar pior. Além do vídeo fazer apologia ao não cumprimento da quarentena governamental OBRIGATÓRIA, temos “Ciência é a vacina. Estudos só confundiram. Trancar todos em casa não é ciência. Confinar é desconhecer, ignorar, subtrair vida, é fragilizar, é debilitar, mexer com o emocional”, diz uma locutora com a voz em off.
* Inúmeros palavrões poderiam ser citados nesse texto, com essa estupidez que tivemos que escutar.
Tirando o fato que um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicado na última quarta (22) afirma que a retomada das aulas pode expor mais de 600 mil pessoas, que fazem parte do grupo de risco para a Covid-19 no Estado do Rio de Janeiro. Em todo o Brasil, este número chegaria a 9,3 milhões de pessoas.
Parece que os donos das máfias particulares, (Máfia porque isso não pode ser uma escola. Alguém que põe o risco da população acima do dinheiro não deveria chefiar uma escola). Além de botar em risco a vida das crianças, estão botando a vida dos pais, que até agora respeitaram a quarentena. Algo totalmente desigual.
Tem certeza que um país que não respeitou o isolamento social desde o início estará preparado para voltar à ''normalidade''?
É claro que isso não vai ficar barato. Obviamente escolas que não mantiverem o Ensino a Distância (EAD), receberão diversos processos por negligência com o aluno que possui alguma comorbidade ou com os pais do mesmo.
Já foi constatado que o isolamento social ajuda na não propagação no vírus. Países que respeitaram estão agora usufruindo dos bons frutos que deram depois de dias que ficaram em casa.
O que falta para o Brasil copiá-los?
Fica a reflexão.

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