Série: Pré-conceito



por Alexandre Xavier Lima


Crescemos em uma sociedade que prefere ignorar a existência do preconceito racial, mas isso não significa que todos devem concordar. Por isso, a nova série apresenta a opinião de estudantes do sétimo ano, que, ao fazer a leitura do Livro Eu Pretinha de Júlio Emílio Braz, discutem sobre esse sério problema social.


O racismo ainda existe por conta de pessoas atrasadas, e por conta do que essas pessoas influenciam na cultura. Por exemplo em séries, agora várias estão colocando representatividade, mas a maioria, desde quando a TV foi criada, não incluíam pessoas negras, e quando tinha era o bandido, a empregada...

Nossa cultura é racista, e as pessoas o são sem perceber às vezes porque somos criados assim, crescemos vendo programas de TV com pouca representatividade, vendo filmes de princesa, em que todas são princesas brancas, e assim por diante. O que precisamos é não deixar isso nos afetar, aprender e ensinar sobre racismo, caso contrário ele não vai deixar de existir.

Aqui no Brasil libertaram os negros da escravidão há muito pouco tempo, e isso influencia hoje a acharem que negro é inferior, que está destinado a profissões mais "simples" como faxineiro, empregada doméstica. Ou então é bandido.

Quando uma criança nasce, ela é uma esponja e a sociedade é um balde d'água. Assim que a esponja é jogada no balde d'água, ela absorve a sociedade, e com isso a cultura. Se a cultura é machista, homofóbica e racista, a criança vai ter isso dentro dela.

Eu acho ridículo pensarem que podem discriminar, e fazer bulliyng só por não ser branco, porque todos são pessoas, e a cor da pele não deixa a pessoa menos ou mais propensa a ser bandido, ou ser rico, ou ser pobre. É só a cor da pessoa, não dita nada.


(Sofia Morelli De Aguiar, 72)


Fonte da imagem: acervo pessoal de Alexandre

 

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