A pandemia e a limitação do ensino remoto causaram o abandono escolar
por Felipe Marques dos Santos, T. 72
Em dezembro de 2019, na província de Wuhan, China, surgiu o vírus SARS COV-2. Em poucos meses, ele se alastrou pelo mundo todo, a ponto da OMS o considerar uma pandemia. Infelizmente, ceifou inúmeras vidas. E, no período em que não havia vacina, ocorreu o fechamento das atividades não essenciais, como medida de prevenção da disseminação. E uma dessas atividades era a educação.
Com base em uma pesquisa realizada pelo jornal Folha de São Paulo, um dos impactos vividos pelos alunos com a paralisação das aulas presenciais e a transição para o virtual foi a taxa de abandono: 8,4%. Isso equivale a 4 milhões de alunos, entre 6 e 34 anos. Essa evasão teve ênfase nos Ensinos Médio e Superior, assim como nas classes menos favorecidas. Entre os motivos estão: questões financeiras, falta de aulas e dificuldade no acesso.
O censo escolar realizado pelo Inep demonstra que, das escolas que pararam, apenas 90% voltaram ao presencial, sendo que em 70% e 53% das instituições de ensino privadas e públicas, respectivamente, não mudaram o cronograma, mesmo com o atraso de aproximadamente 9 meses.
Quase todas as escolas adotaram as aulas On-line (98%), sendo que disso 73% e 32% das escolas estaduais e municipais, respectivamente, adotaram as aulas presenciais. Uma outra medida foi o contínuo curricular, ou seja, um ciclo para tentar lecionar o que não foi dado e equilibrar os anos seguintes.
Para tentar erradicar a evasão escolar, poderiam ser oferecidas aulas de como mexer na plataforma, tanto para professores quanto para alunos, distribuição de chips e aparelhos e conversar com os responsáveis sobre a importância da educação.
Fontes:
Divulgados dados sobre impacto da pandemia na educação - Ministério da educação
Cerca de 4 milhões abandonaram estudos na pandemia, diz pesquisa - Folha de São Paulo
Fonte da imagem: <https://exame.com/brasil/rede-estadual-de-ensino-do-rj-decide-aprovar-todos-os-alunos-em-2020/>.
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