O REFLEXO DA MULHER
O REFLEXO DA MULHER
por Letícia Vieira Gomes (T 91)
A violência contra a mulher se
torna cada vez mais um assunto recorrente. Isso porque o número de casos vem
aumentando ao passar dos anos. Todos os dias há manchetes nos veículos de
comunicação relatando mais um caso de violência.
Esse ato acontece diariamente e
muitos atribuem a culpa à vítima. A culpa nunca é da vítima, e sim da
sociedade. A sociedade que construiu uma figura totalmente machista da mulher.
A sociedade que enraíza, não só nos homens, que mulheres foram criadas para
serem serventes, submissas, devem respeitar seu homem e o servir, viver por
ele. Quando isso não acontece, as notícias vêm à tona. Às vezes, não é
necessário que o homem seja parceiro da mulher, como podemos ver no caso da
mulher que foi espancada por 4 horas no primeiro encontro.
“Uma mulher é vítima de
feminicídio a cada 36 horas no Estado de São Paulo”. Esse foi o título de uma
matéria do UOL Notícias. Você pode acha-la no tópico Cotidiano. Para muitos, a
“criação” do feminicídio é pura besteira. Se a uma mulher pode morrer pelo
simples fato de ser mulher, um homem também pode. Então, por que o termo se
referindo ao sexo oposto não existe? Podemos exemplificar de forma simples. O
número de casos de homens agredidos, mortos pelo sexo oposto, por puro ódio, é
mínimo. Em 2018, 148 assassinatos foram registrados já no boletim de ocorrência
como derivados de violência doméstica ou por “menosprezo ou discriminação à condição
de mulher”.
É necessária uma mudança profunda
na sociedade. A visão que temos da mulher é tão enraizada que parece inútil
tentar mudar agora. O trabalho deve ser feito com a nova geração, mostrar quem
a mulher realmente é. Talvez assim, as mulheres possam se sentir seguras em
suas próprias peles.
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