ACONTECEU NO CAP: FESTA JUNINA HEROÍNAS NORDESTINAS QUE NÃO ESTÃO NO RETRATO (8a. edição)
ACONTECEU NO CAP: FESTA JUNINA
HEROÍNAS NORDESTINAS QUE NÃO ESTÃO NO RETRATO
por
Angélica
de Oliveira Castilho Pereira
No dia 29 de junho, a festa junina do CAp-Uerj
rendeu homenagem às mulheres nordestinas que construíram nossa história com
tanta bravura. Foi um evento iluminado! Alunos, ex-alunos, pais, professores,
funcionários deram o tom de alegria à festa.
Segue um mosaico de depoimentos sobre a festa e o
sentimento de ser capiano.
Nossa Voz: Como está sendo a
experiência da festa junina?
Débora
Campos, mãe da Marina do 2º. ano: A experiência está sendo ótima! A gente acaba trazendo a criança, e ela vê
essa união, a questão da coletividade e do trabalho em conjunto para fazer uma
festa, porque as coisas não se fazem sozinha, então, é bacana que a criança
veja tudo antes da festa acontecer.
Nossa Voz: Como está sendo a
preparação da festa, levando em consideração que você está no 3º. ano do Ensino
Médio, o ano de despedida?
Guilherme
Santana Maia: Estudo no CAp desde 2008, mas a minha relação é muito mais
antiga, minha mãe estudou no CAp, meus tios estudaram no Cap e minha irmã se
formou em 2013 aqui. Eu participo da festa junina há mais tempo, desde 2007,
2006, quando minha irmã entrou. A minha relação com a festa junina sempre foi
agradável, gostava de dançar quando era pequeno e, hoje em dia, depois de seis,
sete anos, a gente vai poder dançar a quadrilha com o grupo que a gente gosta.
Aqui na barraca, vendendo bebidas, a gente percebe o quanto o CAp é importante
na formação da gente para organização, independência. É muito bom está aqui
nesse último ano.
Nossa Voz: Como foi a organização
para essa apresentação?
Ilana Linhales: As crianças que se apresentaram hoje na
flauta são do projeto da professora Luci, que desenvolve uma acessória de
aprendizagem através do trabalho musical. A gente trabalha em equipe, todos
juntos, por isso, os meninos que fizeram a percussão são do meu projeto de
extensão que é Juventude, Prática Musical e Expressão. A gente passou a
quinta-feira ensaiando e hoje a gente apresentou para vocês o resultado do
trabalho de alguns alunos de flauta que já possuem uns 4, 5 anos de flauta e de
outros que começaram ano passado. Assim a gente mantém a viva a linguagem
musical na escola.
Nossa Voz: Como é estar aqui hoje,
Fátima?
Maria Fátima
de Souza Silva, diretora: Mais uma vez a gente consegue fazer a festa. No
ano passado, depois de três anos que não acontecia uma festa no CAp, a gente
conseguiu colocar a festa na rua, vamos dizer assim, e foi uma emoção muito
grande. E, nesse ano, a gente está continuando, porque a festa junina é uma
tradição no colégio, é o encontro das famílias, é o encontro dos estudantes,
dos professores. Dá bastante trabalho, há um mês estamos trabalhando na
organização. A gente espera que hoje seja um dia muito feliz! Que as pessoas
sejam muito felizes! Estamos com o sentimento de dever cumprido por estar
ofertando esse evento para as famílias e para a escola.
Nossa Voz: Como vocês
percebem a festa junina no CAp?
Bárbara Bertolozzi
de Araújo: Sou mãe de aluna Júlia Bertolozzi, turma 21, considero a festa
junina uma programação bem interessante, porque os alunos têm oportunidade de
participar dela desde a construção, fazendo atividades em sala, com a proposta
pedagógica de trabalhar com as guerreiras que não estão no retrato, estimula o
lúdico e a criatividade, trabalha a História, a valorização das nossas origens,
da nossa cultura. Eu acredito que o objetivo ao construir uma festa com
participação e ajuda da família mostre para as crianças que elas fazem parte do
processo todo e também das suas conquistas, dos seus direitos. É realmente uma
festa maior que uma festa junina, é uma festa pedagógica.
Nossa Voz: Vocês já que se formaram
e agora estão aqui conosco, partilhando esse momento. Como se sentem?
Gabriela
Neves Rodrigues da Silva, formada de 2017: Estou muito feliz de estar aqui de volta! Eu não consegui vir ano
passado, então, é a primeira vez que eu venho a uma festa junina aqui no prédio
da CAp desde 2014, teve uma na Ocupação, mas não foi do CAp inteiro e, em 2015,
foi na UERJ. Dá um quentinho no coração de ver a escola animada, a escola viva!
Depois de tanto caos nos meus últimos anos, é bom ver que a felicidade está
ocupando o CAp de novo.
Isabela
Simões, formada em 2018: É sempre muito bom estar em casa (risos). Eu gosto
muito de ver como a galera cresce, e a gente vai passando o cajado aos poucos:
o próximo segundo ano que depois será o próximo terceiro... E é muito bom
encontrar os professores, os antigos colegas. A gente se sente realmente bem
quando está aqui, isso é muito importante.
Ana Vitória
Miranda, formada em 2017: É muito importante voltar a um espaço que foi tão
importante na nossa história. A gente nunca deixa de ser aluno do CAp... É
muito bom ver essa comemoração, todo mundo junto e se divertindo e resistindo
também.
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