A GUERRA QUE NÃO ACABOU




 

A invasão da Ucrânia é um assunto impossível de se ignorar, tanto por sua importância e pelo choque que nos causa, quanto por estar sendo discutido em toda a parte, onde quer que vamos  há alguém falando da questão. A violência é sempre reprovável, portanto, aquele que atacou primeiro, no caso a Rússia, é considerada pela maioria das pessoas a única culpada da situação. De fato, não se pode retirar a responsabilidade de seus braços, a opção de iniciar uma guerra foi de seu governo e muitas pessoas inocentes estão sofrendo com isso de formas inimagináveis para nós que estamos seguros e distantes no Brasil. Entretanto, outros fatos tornam-se também relevantes sobre o assunto.

 

Um dos principais motivos apontado pelos russos para essa decisão é a possível entrada da Ucrânia na OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte,  alguns especialista apontam que há alguma legitimidade na preocupação da Rússia, visto que o Estados Unidos costumam posicionar armas nucleares em seus países aliados, enquanto outros defendem que a soberania da Ucrânia deveria ser respeitada nessa questão, e por fim, há outros que consideram esse motivo apenas uma desculpa utilizada pelo presidente Putin para justificar seus atos soberbos e agressivos.

 

Considerando todos esses pontos, percebemos que a questão chave não parece ser exatamente a Ucrânia, embora esse país seja o maior prejudicado inegavelmente, mas a OTAN, e sabendo-se que essa organização foi criada durante a guerra fria como uma medida de proteção para que os países capitalista se unissem para se defender frente a união soviética, caso fosse necessário, a pergunta que fica é: o que justifica ainda sua existência? Se a guerra fria acabou com a queda da URSS, por que os Estados Unidos ainda mantêm em ativa está organização? E mais ainda, se EUA e Rússia não estão mais em uma disputa mundial por obter maior influência e difundir seus sistemas econômicos, por que ainda se vêem como inimigos? Por que incomoda a Rússia que um vizinho seu se alie com o ocidente?

 

Todas essas perguntas reflexivas nos levam a considerar que talvez esta guerra, a chamada "Guerra Fria", ainda não tenha acabado e que, talvez, essa invasão à Ucrânia seja apenas mais um episódio dela, mesmo depois de tantos anos de silêncio por parte das duas potências em questão. Assim como foi com a Guerra das Coreias e com a Guerra do Vietnã, parece que mais uma vez o conflito entre os americanos e russo se dá em um território que nada tem a ver com eles. O que gera uma maior preocupação e tensão é que dessa vez um desses gigantes está diretamente envolvido na guerra, e como sabemos tem a posse de armas nucleares que podem causar a destruição em massa do planeta.

 

Evidentemente, ainda estamos muito próximos temporalmente desses acontecimentos, com a cobertura das mídias internacionais e a rapidez da internet, esses poucos dias de guerra já parecem anos. Em eventos dessa natureza só se tem um parecer completo dos motivos envolvidos e das consequências geradas anos após seu término, de modo que não podemos afirmar muito sobre essa guerra, a não ser que ela é repudiada, visto que independentemente dos interesses dos governos, nada justifica a violência que está ocorrendo neste exato momento, levando a morte de ucranianos e russos. Devemos nos lembrar que mesmo que simpatizamos mais com aqueles que estão sendo agredidos, os dois lados sofrem, visto que muitos russos são contra essa guerra, mas mesmo assim estão sofrendo as consequências dela.

 

FONTES DO ARTIGO: https://www.google.com/amp/s/www.bbc.com/portuguese/internacional-60702110.amp

https://www.google.com/amp/s/noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/03/03/armas-nucleares-eua-europa-otan.amp.htm

https://www.google.com/amp/s/www.bbc.com/portuguese/internacional-60745184.amp

 

Fonte da imagem: <>.https://pixabay.com/pt/photos/bandeira-ucrânia-guerra-paz-7036018/

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