CENÁRIO (parte 8), Cecilia Meireles
CENÁRIO (parte 8)
O passado não abre a sua porta
e não pode entender a nossa pena.
Mas, nos campos sem fim que o sonho corta,
vejo uma forma no ar subir serena:
vaga forma, do tempo desprendida.
É a mão do Alferes, que de longe acena.
Eloquência da simples despedida:
“Adeus! que trabalhar vou para todos!…”
(Esse adeus estremece a minha vida.)
Cecília Meireles
Texto disponível em: <https://www.revistabula.com/7668-os-melhores-poemas-de-cecilia-meireles/>.
Fonte da imagem: <https://pxhere.com/pt/photo/163819>.
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